E Eles Esventram
O desapego da infância feliz.
E pergunto-me, pergunto-te, será o amor a doença?
A doença, murmuras incrédulo. Mas a loucura é doença, é palpável, é intimidadora.
É um facto.
Mas não. A loucura é um destino que se nega aos cobardes.
Sabes que na loucura navegam rasgos de compreensão geniais? As pessoas enlouquecem ainda mais com a estúpida clarividência, a extraordinária simplicidade da teia da vida.
Eu falo da corrosão do corpo, que verga a alma.
A tenra humilhação do nosso corpo nu, as mãos que nos tocam e nos interrogam. E sim, a dor é intensa e alojou-se no nosso corpo.
Posso tocá-la, posso penetrá-la, posso esventrá-la, posso rasgá-la, perguntam eles com aquela voz monocórdica, aquela voz profissional, aquela voz que nos atravessa como se fossemos meras marionetas.
Sim, e a minha voz não passa de um fio de voz muito ao longe, muito distante, noutra dimensão. Onde eu estou só eu acedo, onde eu estou só eu reino, murmuro palavras de ladainhas que não conheço, não sei, invento na hora.
Sim, esventrem-me, eu deixo, eu deixo tudo, eu sou um mero cordeiro perante a minha própria ignorância e inabilidade para me curar.
E eles esventram.
E pergunto-me, pergunto-te, será o amor a doença?
A doença, murmuras incrédulo. Mas a loucura é doença, é palpável, é intimidadora.
É um facto.
Mas não. A loucura é um destino que se nega aos cobardes.
Sabes que na loucura navegam rasgos de compreensão geniais? As pessoas enlouquecem ainda mais com a estúpida clarividência, a extraordinária simplicidade da teia da vida.
Eu falo da corrosão do corpo, que verga a alma.
A tenra humilhação do nosso corpo nu, as mãos que nos tocam e nos interrogam. E sim, a dor é intensa e alojou-se no nosso corpo.
Posso tocá-la, posso penetrá-la, posso esventrá-la, posso rasgá-la, perguntam eles com aquela voz monocórdica, aquela voz profissional, aquela voz que nos atravessa como se fossemos meras marionetas.
Sim, e a minha voz não passa de um fio de voz muito ao longe, muito distante, noutra dimensão. Onde eu estou só eu acedo, onde eu estou só eu reino, murmuro palavras de ladainhas que não conheço, não sei, invento na hora.
Sim, esventrem-me, eu deixo, eu deixo tudo, eu sou um mero cordeiro perante a minha própria ignorância e inabilidade para me curar.
E eles esventram.
Comentários
beijinhos
*
beijinhos, continua
Toda a gente é louca, toda a gente que ama, tem de ter loucura, tem de ser louco!
Todos nós somos loucos, de uma maneira ou outra todos nós passamos por esse estado
Gosto muito de ti =D
(eh eh, já faltou mais para ter o carro, depois vamos as duas passear *.*, e vá pronto, eu levo o emplastro do meu namorado :P (claro que estou brincando, ele já disse que não entrava no carro comigo a conduzir, mas pronto, acho que já mudou de ideias) XD )
nao penses assim,amor e paixao aparecem quando menos se espera.. a tua vez pode estar proxima! ;)
beijo
sempre mais!
=D
Não sejas esse mero cordeiro pedante.
Depois de tudo o que passas-te, tudo o que fizes-te por tanta gente e ensinas-te a outras tantas... Não deixes de lutar. Não deixes de não desistir.
Será o amor A Doença? Talvez. Quem quererei eu enganar? Muito provavelmente. Mas sem A Doença, quem seriamos nós?
Quem serias tu?
Tu, que és tão observadora, não vez ou não queres ver aquilo que me é tão evidente... Amas incondicionalmente todos aqueles com quem te importas. E isso faz de ti uma sofredora, pois és das poucas que possui essa qualidade. Sofres quando as pessoas com quem te importas não se esforçam.
Deves perguntar-te: "Qualidade?"
Sim, qualidade, porque uma pessoa assim é das melhores pessoas que existem no mundo. São as pessoas que dão tudo pelo outro e se põem sempre em segundo plano para agradar quem apreciam.
Não sejas esse mero cordeiro pedante.
Não deixes de não desistir.
Beijo